
Laís Bianquini
Jornalista há 10 anos, formada pela Unesp, com MBA em Marketing pela USP e especialização em SEO, escreve sobre Saúde Estética com clareza e precisão.
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E cada vez mais os "maus médicos" que agem de má fé estão sendo desmascarados pela sociedade. Nós, do blog farmácia estética, postamos recentemente matérias relacionadas ao erro-médico que tirou a vida de 3 pessoas no Rio de Janeiro após procedimentos estéticos, estão lembrados? Contudo, quando tais escândalos começaram a pipocar nas mídias televisivas, diversos pacientes atendidos por esses médicos foram registrar queixas de deformações, de procedimentos realizados erroneamente, enfim inúmeros relatos de erros estéticos que estão crescendo mais a cada dia.
Vocês lembram da Dr. Geysa que, após realizar um procedimento estético na professora Adriana Ferreira utilizando o PMMA que levou a vida de mais uma paciente - procedimento proibido pelas ABFE (Associação Brasileira de Farmácia Estética), SBEE (Sociedade Brasileira de Enfermagem Estética) e SBBME (Sociedade Brasileira de Biomedicina Estética), mas permitido nas mãos dos médicos especialistas pelas SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologistas) e SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas) por que se acham os melhores, os mais experientes, os mais habilidosos, os mais capacitados e etc. Saiba mais:Outras duas mortes por procedimentos estéticos realizados por médicos ganham destaque nas mídias
Uma paciente que se submeteu a um procedimento estético, mais conhecido como bioplastia, com a médica Geysa Leal alega que teve o rosto deformado após a aplicação na face de PMMA (Polimetilmetacrilato) no Rio de Janeiro. A paciente, que pediu que sua identidade não fosse revelada, reclama reparação por danos morais. A médica responde a outros três processos na Justiça por supostos erros médicos.
Como se não bastasse fazer procedimentos estéticos errados em suas pacientes e com produtos não permitidos, a médica enviou e-mail para a paciente relatando que a substância "deu problema", e pasmem, ela enviou para a paciente e não para a empresa. No e-mail a médica relata:
"A substância Metacril causou problemas em 13 pacientes e vocês enviaram uma seringa com material esverdeado no interior. Nestes pacientes 'problema' ocorreu edema absurdo, mas a situação voltou ao normal em 15 dias, exceto o caso ex-paciente do processo.
Geysa, ainda, acrescenta que custeou as consultas clínicas de reparação, descreve gastos e propõe dividir os custos do tratamento com a empresa:
"Não acho justo que eu arque com esse problema sozinha, visto ter sido um problema do material e se a paciente entrar na justiça só teremos a perder", concluiu.
Por meio de nota, a defesa Metacril Distribuidora afirmou que o texto do e-mail consta nos autos de ação indenizatória movida contra a empresa:
"Este e-mail [citado no processo] é de responsabilidade da médica que alega ter utilizado o produto, uma vez que foi esta quem redigiu e enviou à autora da ação, não havendo qualquer interferência, responsabilidade ou anuência da empresa distribuidora do produto".
Enquanto as distribuidoras de PMMA vão dando um jeito daqui e dali de tirar o corpo fora, o fornecimento desta substância continua rolando solto e de forma indiscriminada. Lembram que o Dr. Bumbum declarou que comprava cerca de 30 litros de PMMA ao mês? Haja tanta receita de prescrição hein! E tal fato nunca levantou suspeita né? O próprio fármaco tem recomendação na bula de até 22ml por área do rosto! Como que era feita a conta de dispensação do volume de PMMA versus a quantidade de pacientes? As Vigilâncias Sanitárias nunca desconfiaram disso em épocas de inspeção? Até esteticista tem acesso à substância! Está claro que o interesse aqui não é melhorar a vida das pessoas, mas, sim, a obtenção de lucros. A paciente relata que o objetivo desse procedimento era eliminar o nódulo que se formou no rosto, o que não adiantou, segundo a petição, porque ele se dividiu em dois e a mesma relata que chegou a entrar em depressão por causa da deformidade na face. Mas não são todos os médicos que se dizem capazes de resolver tudo e fazer milagres?
Tal procedimento invasivo atinge órgãos internos e nada tem a ver com procedimentos minimamente invasivos hipodérmicos. A colocação do produto é feita de maneira similar à do hidrogel: com uma microcânula e sob anestesia local e os riscos inerentes ao PMMA são ainda maiores do que os observados no hidrogel: “Se causar problema, ele fica para sempre, pois não é possível retirar tudo com uma lipoaspiração". Segundo farmacêuticos, justamente os profissionais que formulam e produzem todos os medicamentos e bulas, é sabido que:
Os próprios farmacêuticos estetas alegam que já viram sucessivos casos com sequelas horríveis, advindos das mãos de médicos, pois uma substância como essa pode sair do lugar, provocar infecções, cair na circulação e a retirada do produto é extremamente difícil, pois não é possível distinguí-lo de outros tecidos do corpo. Meu Deus, que medo!
Saiba que este tipo de problema nunca será advindo das mãos de farmacêuticos estetas, pois além de mais conscientes, a formação na especialização preconiza o NÃO USO de preenchedores permanentes sejam faciais ou corporais, e os próprios CFF e CRFs não permitem e nem reconhecem tal prática por força de resolução e demais regulamentações impostas a fim de fiscalizar a classe. As associações de profissionais estetas estão se organizando para reivindicar a proibição do PMMA pela ANVISA, ou pelo menos, a restrição do uso do fármaco apenas em ambiente hospitalar. Em uso clínico, o PMMA realmente tem se comprovado uma ameaça à sociedade decorrente da oferta desenfreada causada pela classe médica. Os maus médicos e a fiscalização ineficaz dos CFM e CRMs são os principais motivos para que a substância seja retirada do mercado. Não é o porquê de tal substância ser 10 vezes mais barata que o ácido hialurônico, que a população saudável tem que ficar constantemente a mercê deste risco. Portanto, saiba com quem irá realizar um procedimento estético, peça as referências, procure se o mesmo está ativo diante do conselho de classe, se é capacitado e absorva tudo que conseguir referente ao profissional e ao local onde irá se submeter a realizar o procedimento estético. Nestes casos, sua vida está em jogo e, infelizmente as outras pacientes desta "médica" que se diz capacitada, não tiveram a oportunidade de pesquisar ou ter a sensibilidade de buscar informações antes mesmo de colocar seus sonhos nas mãos desastrosas dessa mulher que não tem amor à própria vida, quem dirá com a vida do próximo.
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